A leitura e a escrita digitais | artigos

Foto de Vlada Karpovich | Pexels

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Desde o início do século XIX, a prática de leitura e da escrita mudou devido aos avanços tecnológicos e às diferentes necessidades comunicativas que surgiram dos novos ambientes de media. O constante desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação facilita o consumo e a criação de produtos digitais e, além disso, favorece a participação e a colaboração.

Da mesma forma, essas tecnologias promovem a interatividade em ecossistemas digitais que constroem significado através da interação de diferentes elementos icónicos, verbais e sonoros.

No ecossistema do livro, a mediação da tecnologia levou ao surgimento do dispositivo de leitura, que, juntamente com o aparecimento da web e do hipertexto, modificou o processo de leitura e a tradição secular baseada no uso de papel.

O tempo que foi gasto anteriormente a ler o jornal, a ver televisão ou a ouvir rádio é hoje distribuído, de forma atomizada, entre o Twitter, o Facebook, o WhatsApp, o livro impresso, as plataformas de streaming, os eBooks, os Podcasts, o Instagram, o Wattpad, o YouTube…

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Índice da publicação

1. Lo digital ¿cambia nuestras formas de lectura convencionales? ……………………………….. 5

  1. 1.1.  La evolución de la lectura digital: modelos, dispositivos, aplicaciones y prácticas de lectura. José Antonio Cordón-García ………………………………………………………………….. 7
  2. 1.2.  Nativos digitales, textos digitalizados e impresos mejorados: hacia una transición digital en los recursos para la enseñanza y el aprendizaje. Almudena Mangas Vega y Javier Merchán Sánchez Jara…………………………………………………………………………………………………….. 19
  3. 1.3.  Mediación docente en lectura digital: criterios para la valoración de libros app infantiles. Araceli García-Rodríguez y Raquel Gómez-Díaz……………………………………. 29
  4. 1.4.  Entrevista a Joaquín Rodríguez………………………………………………………………………39

2. Crear textos en la nueva ecología mediática…………………………………………………………….. 43

  1. 2.1.  Narrativas transmedia, nuevos alfabetismos y prácticas de creación textual. Conflictos y tensiones en la nueva ecología de la comunicación. Carlos A. Scolari …………………… 45
  2. 2.2.  Entrevista a Néstor García Canclini…………………………………………………………………. 53
  3. 2.3.  Fanfiction y beta reading: escritura colaborativa en red. Mar Guerrero-Pico ……… 61
  4. 2.4.  Libros y pantallas: la popularidad de los booktubers. José Miguel Tomasena…….. 69
  5. 2.5.  Estrategias y procesos de creación: aprendiendo de las comunidades de fans. María-José Establés ……………………………………………………………………77
  6. 2.6.  Entrevista a Joan Ferrés…………………………………………………………………………………. 87

3. Palabras en la pantalla. La escritura digital, su creación y enseñanza………………………. 95

  1. 3.1.  Las formas literarias de la red: las escrituras digitales en un mundo global. Daniel Escandell Montiel …………………………………………………………………………………………………………………………… 97
  2. 3.2.  Escrituras punto cero: los espacios digitales para la escritura y su difusión en red. Álvaro
    Llosa Sanz …………………………………………………………………………………………………… 105
  3. 3.3.  Entre la retórica y lo digital: aproximaciones para la escritura académica. Jorge Juan Sánchez Iglesias………………………………………………………………………………………………….. 113
  4. 3.4.  Escritura digital: estrategias de enseñanza-aprendizaje en entornos digitales. Carmen Herrero ………………………………………………………………………………………………………………. 123
  5. 3.5.  Salvando la brecha digital y de género: la escritura digital y la inclusión de las autoras en
    el canon. Miriam Borham Puyal……………………………………………………………………………… 133
  6. 3.6.  Entrevista a María Pizarro………………………………………………………………………………. 141

4. Breve reseña de los autores …………………………………………………………………………………….. 145

Referência: Lectoescritura digital – Publicaciones – Ministerio de Educación y Formación Profesional. (2022). Retrieved 24 June 2022, from https://sede.educacion.gob.es/publiventa/lectoescritura-digital/investigacion-educativa/22961

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Formar novos leitores | Travessia das Letras

Parque dos Poetas | Templo da Poesia | Oeiras

A 2ª edição da Travessia das Letras surge no âmbito do bicentenário da Independência do Brasil (1822-2022) e celebra a língua portuguesa e a literatura infantojuvenil.

A síntese do que aconteceu

Esta 2ª edição decorreu no Parque dos Poetas – Templo da Poesia, em Oeiras, durante a semana de 16 a 22 de maio. 

Um dos temas abordados foi o da formação de novos leitores. Tratando-se de um assunto caro ao PNL2027, deixam-se aqui as intervenções de Rita Pimenta (jornalista) e de Teresa Calçada (Comissária do PNL2027).

Rita Pimenta
Jornalista – Copydesk
PÚBLICO- Comunicação Social, AS 
http://blogues.publico.pt/letrapequena/ 

Rita Pimenta responde a algumas perguntas

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Teresa Calçada | Comissária do PNL2027

Jovens e leitura | modelo operativo para fomentar a leitura dos jovens

Foto de cottonbro no Pexels

O projeto Modelo Operativo para promover a leitura para jovens é uma iniciativa da Fundação Germán Sánchez Ruipérez com o objetivo de explorar as perceções que os adolescentes têm em relação à leitura e contrastá-las com a visão fornecida sobre esse assunto pelos mediadores que trabalham com eles, principalmente professores, bibliotecários e gestores culturais.

A análise foi realizada por meio de um trabalho de pesquisa que permitiu delinear um cenário de referência no qual são identificados os principais desafios e oportunidades que, a curto e médio prazo, devem ser levados em consideração ao definir modelos de intervenção voltados para o fortalecimento da leitura na sociedade nos próximos anos, com foco na população jovem.

Como resultado do estudo e dos seminários que foram realizados em paralelo com seu desenvolvimento, a equipe de pesquisa, em colaboração com os profissionais da fundação, preparou e editou um relatório de diagnóstico com uma proposta de diretrizes e recomendações, que podem ser consultadas e baixadas aqui.

Além disso, foi gerada uma linha de conteúdo de formação on-line destinada a mediadores que trabalham com o público juvenil, composta pelas peças didáticas contidas nesta página, nas quais um grupo de especialistas contribui com ideias de aplicação transversal, juntamente com outras focadas em dinâmicas e recursos concretos que se têm mostrado eficazes em atrair o interesse dos jovens pelas práticas de leitura e escrita.

INCENTIVE A ESCRITA

Introdução | Diferentes cenários | O processo | Escreve hoje |

EDUQUE A COMUNICAÇÃO ORAL

Introdução | Atividades | Outras ideias | Contadores de histórias |

SOCIALIZANDO A LEITURA: CLUBES DE JOVENS

Definição | Breve história | Tipos de clubes | Passo a passo |

APROVEITAR O DIGITAL

Clube de leitura virtual | RR SS para clubes | Wattpad para clubes | Escrever con Wattpad |

Fichas do Laboratório Contemporâneo de Fomento da Leitura

Referência: JÓVENES Y LECTURA – Fundación Germán Sánchez Ruipérez. (2022). Retrieved 29 April 2022, from https://fundaciongsr.org/emprendelibro-3/

Lemos da mesma forma na Web e no papel?

Foto de Vlada Karpovich no Pexels

Ainda que possa parecer o mesmo, não lemos de igual forma num ou noutro suporte. As destrezas que empregamos para ler um texto impresso (um folheto, um periódico, um livro, um poster…) são necessárias para compreender textos digitais, mas a leitura deste tipo de textos no ecrã requer para além destas, outras habilidades.

Os textos eletrónicos (na Web, num leitor de e-Books ou no smartphone) trazem novas ajudas e também nos propõem novos desafios: novas motivações para ler, novos formatos de texto, novas maneiras de interagir com a informação.

Se pensarmos na nossa experiência como leitores, veremos facilmente que há características dos textos eletrónicos que exigem habilidades distintas para lê-los.

Por exemplo, os textos que encontramos na Web não são lineares, dão-nos a possibilidade de seguir caminhos de leitura distintos segundo percorramos de uma ou outra forma as ligações que propõem. Em função de necessidades concretas de leitura, podemos abordá-los de maneiras diferentes.

Por outro lado, poucas vezes aparece na Web só o texto escrito: fotos, gráficos, vídeos, áudios, animações… têm uma presença semelhante à do material escrito. Quando queremos reconstruir um facto, localizar uma data ou interpretar uma opinião, temos que manejar simultaneamente as mensagens que nos chegam em cada um destes meios, com os seus códigos e características específicas. A presença simultânea de várias linguagens pode ser uma ajuda, mas também requer dispor das destrezas adequadas para as decifrar e integrar.

Mais uma diferença entre o texto eletrónico e o impresso está na sua capacidade para integrar de forma ágil a participação dos leitores. Muitos contextos da Web convidam-nos à interação, a deixar o registo dos nossos pontos de vista e a partilhá-los com os outros. Neles podemos incorporar comentários ou manter uma conversa pública com outros leitores.

Pensemos nas enormes possibilidades de tudo isto para a educação dos nossos filhos, mas também nas novas exigências que se lhes colocam para saber usar competentemente estas potencialidades. O hipertexto (o texto com ligações a outras informações), os textos multimédia (onde se usam conjuntamente distintos meios) ou a leitura e a escrita em interação exigem novas competências que vão mais além das que usamos para compreender um texto impresso linear. Trata-se de competências que estão relacionadas com a leitura tal como a entendíamos até há pouco (fazer inferências, avaliar, extrair a ideia principal…), mas que requerem para além disso processos de pensamento novos.

O que têm de aprender os estudantes para serem leitores competentes na Web?

Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

Há muitas aprendizagens que os estudantes devem realizar desde pequenos para se irem formando como leitores dos textos digitais. Algumas delas podem começar logo, outras estão relacionadas com atividades que realizarão mais tarde (por exemplo, pesquisa de documentação, trabalhos de investigação…).

Qualquer leitor competente na Web tem de ser capaz de se mover em situações muito diversas, como as que se descrevem:

  • Aprender a marcar objetivos de leitura concretos e ter a curiosidade para explorar caminhos diversos que permitam alcançá-los.
  • Estar consciente da natureza fragmentária e desestruturada da informação.
  • Eleger a estratégia de leitura mais conveniente para cada situação (leitura profunda e completa do texto; leitura rápida e superficial…).
  • Saber interpretar os formatos e os códigos próprios dos textos digitais (as opções dos menus, o distinto valor das ligações…).
  • Fazer um uso apropriado das ferramentas para explorar os textos (por exemplo, as pesquisas dentro do texto, os mapas ou os índices…).
  • Estar familiarizado com os textos multimédia que integram distintas linguagens (texto escrito, vídeo, áudio…), com os seus códigos e as suas características.
  • Ser capaz de utilizar textos constituídos por combinações de distintos textos (por exemplo, um texto de informação, uma entrevista a um especialista, um glossário de termos…).
  • Poder avaliar a fiabilidade da informação; perguntar-se pela origem do conteúdo e saber como localizá-lo.
  • Realizar com facilidade as operações implicadas na navegação.
  • Ter consciência do processo que cada um segue, ou pode seguir, nos distintos passos de acesso à informação (pesquisar, selecionar, avaliar, processar, reelaborar…) e ser capaz de o aplicar e melhorar em outras situações.
  • Ter uma disposição favorável para participar e cooperar em projetos colaborativos.
  • Seguir as normas habituais de “boa educação” na Internet (a que se chama netiqueta).

Parte destas aprendizagens começam muito cedo, mas muitas delas prolongam-se ao longo de toda a escolaridade. Só se os estudantes forem capazes de aplicar com segurança este conjunto de competências, a leitura será um processo ativo, crítico e controlado por eles.

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